quarta-feira, 27 de junho de 2012

DELÍCIAS JUNINAS: AMENDOIM

Muito popular nas festas juninas o amendoim é a semente, a parte comestível da Arachis hypogaea L., planta da famíia Fabaceae. As sementes encontram-se dentro de uma vagem acoplada à raiz da planta.
O amendoim faz parte do grupo das oleaginosasJ e embora seja considerado um alimento muito calórico é um alimento bastante saudável. O amendoim é rico principalmente em lipídios (gorduras), mas são aquelas gorduras que chamamos de “gorduras boas”. A fração lipídica do amendoim é pobre em ômega 3, embora rica em monoinsaturados e ômega 6.
Estudos mostram que o amendoim é uma fonte importante de substâncias antioxidantes. Dentre essas substâncias nós temos: o resveratrol - um agente antioxidante famoso pela sua presença nas uvas escuras e no vinho tinto. Tem reconhecido poder de retardar o envelhecimento das células; a vitamina E, que tem forte efeito contra a degeneração, o envelhecimento das células, sendo que trinta gramas de amendoim fornece cerca de 25% da recomendação diária; e o sitosterol, já testado e aprovado pela comunidade cientifica européia e norte-americana como coadjuvante na prevenção do câncer.
O amendoim é um ótimo alimento para consumir nos lanchinhos entre as refeições. Além disso, por ser rico em fibras dá maior saciedade fazendo com que você não sinta tanta fome nas refeições principais e não fique “beslicando” ao longo do dia.
Uma porção de 30g (32 unidades), já é o suficiente.
O amendoim é utilizado em diversas preparações, como pé-de-moleque, pães, paçoca, etc. Porém, como em muitas dessas preparações há uma grande quantidade de açúcar tome cuidado com os excessos. E lembre-se que todos os benefícios do amendoim são bem melhor aproveitados quando ele é consumido na sua forma natural!


JPara saber mais sobre as oleaginosas, grupo do qual o amendoim faz parte, confira o post  FRUTAS OLEAGINOSAS & A SAÚDE DO CORAÇÃO” publicado em Setembro de 2011 - http://nutribemviver.blogspot.com.br/2011/09/frutas-oleaginosas-saude-do-coracao.html

segunda-feira, 18 de junho de 2012

DELÍCIAS JUNINAS: BATATA-DOCE

A batata doce é um alimento pertencente da família das Convolvulaceae e o seu nome cientifico é Ipomoea Batatas. Existem cerca de 400 tipos de batata doce, sendo que a pele e a polpa irão variar de branco, amarelo, laranja, rosa e roxo, apesar das cores branco e amarelo ou laranja serem as mais comuns.
No Brasil há quatro tipos de batata-doce, classificados de acordo com a cor da polpa: batata-branca (também conhecida como angola ou terra-nova), que tem a polpa bem seca e não muito doce; batata-amarela, de sabor mais doce; batata-roxa, com casca e polpa dessa cor, muito apreciada por seu sabor e aroma agradáveis, sendo ótima para o preparo de doces; e a batata-doce-avermelhada, que tem casca parda e polpa amarela com veios roxos ou avermelhados.
 A intensidade da cor está relacionada com o índice de beta-caroteno que ela possui, estando mais presente na variedade amarela ou laranja. O beta-caroteno é precursor da vitamina A no nosso organismo, sendo por isso denominado de “provitamínico A”. As variedades de batata doce com polpa rosa ou roxa, por outro lado, são uma boa fonte de antocianinas e têm a mais alta taxa de antioxidantes entre todas as espécies. Em um estudo realizado para avaliar esse efeito, a atividade antioxidante da batata doce de cor roxa foi 3,2 vezes superior ao do mirtilo. Curiosamente, a atividade antioxidante na pele da batata doce, independentemente da sua cor, é três vezes mais elevada do que na polpa.
Além disso, a batata doce é fonte de carboidratos e rica vitamina C, apresentando uma quantidade considerável de niacina e outras vitaminas e minerais. É um alimento bastante consumido por atletas como fonte de carboidrato durante o dia, devido ao seu índice glicêmico (índice que reflete o impacto dos carboidratos nos níveis sangüíneos de glicose), que é menor do que o do arroz e o do pão branco.
As batatas doces são agrupadas em duas categorias diferentes, dependendo da textura que apresentam quando cozinhadas: algumas são firmes e secas, enquanto que outras são suaves e úmidas. Elas não são de tão fácil preparo como outras hortaliças, visto que demanda um maior tempo de preparo. Pode ser utilizada em diversos tipos de pratos, como: assados, cozidos, doces, entre outros. Seu sabor doce combina  com canela, mel, coco, lima e noz-moscada, além de doces de pastelaria e compotas. As folhas e brotações da batata-doce também são comestíveis após breve cozimento, saborosas e nutritivas.

TABELA NUTRICIONAL

77 grs / 95.42 Calorias
NUTRIENTES
qUANT.
DDR (%)
dENSIDADE DO NUTRIENTE
CLASS.
vitamina A
13107.70 IU
262.2
49.5
excelente
vitamina C
17.06 mg
28.4
5.4
muito bom
manganÉsio
0.52 mg
26.0
4.9
muito bom
cobre
0.26 mg
13.0
2.5
bom
fibras
3.14 g
12.6
2.4
bom
vitamina B6 (piridoxina)
0.25 mg
12.5
2.4
bom
potÁssio
306.05 mg
8.7
1.7
bom
ferro
1.46 mg
8.1
1.5
bom



Fonte:
Batata Doce. Disponível em: http://www.nutricaoemfoco.com.br/pt-br/site.php?secao=alimentos-B&pub=3940

quarta-feira, 13 de junho de 2012

DELÍCIAS JUNINAS: MILHO


          Alimento típico da culinária brasileira e bastante versátil o milho está presente em diversos tipos de preparações. Em todas as regiões do Brasil há, pelo menos, um prato típico preparado com ele. Seja em doces ou salgados, não há quem resista ao sabor desta delícia muito consumida nas festas juninas.

            O milho é cultivado em diversas regiões do Mundo, sendo o Brasil um grande produtor e exportador. Porém, somente cerca de 5% da produção brasileira se destina ao consumo humano e, mesmo assim, de maneira indireta na composição de outros produtos. Isso se deve principalmente ao fato de muitas pessoas desconhecerem o grande valor nutricional desse alimento.

            O milho é uma importante fonte de energia, sendo o carboidrato seu principal nutriente. Enquanto que alimentos como o arroz e o trigo, passam pelo processo de refinamento nas indústrias, o milho conserva sua casca, que é riquíssima em fibras! As fibras são fundamentais para o funcionamento do intestino, diminuem absorção do colesterol e do açúcar e possuem um importante poder de saciedade!

            Além de fibras, o milho possui elevado teor de vitamina A, contém vitaminas do complexo B, como folato e tiamina, minerais, como ferro, fósforo, potássio e cálcio. Também possui proteínas e gorduras em menor quantidade.

O milho compõe preparações como, canjica, pamonha, fubá, pipoca e curau e é usado também para a fabricação do óleo de milho. Por ser um alimento energético e, portanto calórico, deve-se consumi-lo com moderação, evitando os sem excessos. Além disso, fique atento aos seus acompanhamentos, como manteiga e sal, por exemplo! Agora é só se deliciar!

A tabela abaixo mostra as calorias de algumas preparações feitas com milho:

ALIMENTO
QUANTIDADE
CALORIAS
Pamonha
1 unidade de 100g
150
Suco de milho verde natural
1 copo de 240 ml
271
Pipoca com sal
22,5g – 2 e ½ xícaras de chá
150
Bolo de milho
1 fatia
150
Milho verde- espiga
1 espiga grande- 100g
150




Fonte:
Milho. Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/milho/milho-13.php




segunda-feira, 4 de junho de 2012

DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: DISLIPIDEMIA

A dislipidemia é caracterizada por uma alteração nos níveis de gorduras no sangue. Essas gorduras são o colesterol total, incluindo o LDL- Colesterol (o “colesterol ruim”), o HDL (o “colesterol bom”) e os triglicérides.
A dislipidemia pode ser causada quando se ingere uma dieta rica em colesterol e gorduras, quando o organismo produz colesterol e triglicérides demais ou ambas as situações. Dessa forma, uma pessoa pode desenvolver a dislipidemia devido ao excesso de peso, dieta rica em frituras e gorduras, sedentarismo ou pode ainda ter causa genética. A dislipidemia pode ser causada também por outras doenças que interfiram com o metabolismo, como diabetes mellitus, hipotireoidismo, etc. ou pelo uso de alguns medicamentos como corticóides.
A dislipidemia é uma doença silenciosa, portanto é muito perigosa. Ela pode levar a doenças cardiovasculares devido ao entupimento das artérias e à derrames. A melhor maneira de saber se você tem essa doença é por meio da dosagem através do exame de sangue. Pessoas com 20 anos ou mais devem ter seu colesterol medido, pelo menos uma vez a cada 5 anos. Se você tiver história familiar de colesterol alto ou outro fator de risco, pode ser necessário dosá-lo antes e com uma freqüência maior.
O tratamento da dislipidemia envolve mudanças no estilo de vida e a alimentação exerce papel primordial nesse processo. A dieta, associada à atividade física e à perda de peso são fundamentais.
A alimentação deve ser pobre em gorduras saturadas, presente em alimentos industrializados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, alimentos embutidos (salsicha, lingüiça, salame, mortadela, etc), etc. Essa gordura é responsável por aumentar o LDL-Colesterol. Alimentos contendo gordura trans também devem ser evitados, já que essa gordura além de aumentar o “colesterol ruim”, diminui o “colesterol bom”. Portanto é fundamental olhar o rótulo dos alimentos.
Outros alimentos ricos em gorduras e que, portanto devem ser evitados são: leite e derivados integrais, sorvetes, lanches do tipo “fast food”, carnes gordurosas vísceras (fígado, miolo, miúdos), biscoitos amanteigados, croissants, folhados, polpa de coco e de óleo de dendê e coco, frango com pele, molhos brancos, cremes à base de chantilly, etc. É importante salientar que no caso do triglicérides o excesso de carboidratos (massas, pães etc) na dieta é o responsável pelo aumento desse tipo de gordura. Nos casos em que a dieta não é suficiente para controlar os níveis de gordura, o médico pode também prescrever medicamentos, os chamados hipolipemiantes.  
Alguns alimentos podem ser grandes aliados no combate à dislipidemia, veja alguns deles na tabela abaixo:



Gorduras Insaturadas
É representado pelas séries ômega-3 (salmão, arenque, truta, bacalhau e cavalinha, óleo de soja e de canola), ômega-6 (ácido linoléico encontrado nos óleos vegetais) e ômega -9 (ácido oléico, encontrado no azeite de oliva, óleo de canola, azeitona, abacate, castanhas, nozes e amêndoas). A substituição no consumo de gordura saturada pelo ômega-6 reduz o colesterol total, LDL-C (o inconveniente é que também reduz o HDL-C, o chamado bom colesterol). O ômega-9 reduz o colesterol LDL, porém não reduz o HDL-C é.


Fibras
São divididas em solúveis e insolúveis. As solúveis são encontradas nas frutas, na aveia, cevada e leguminosas, reduzem o tempo de transito intestinal e ajudam na eliminação do colesterol. As fibras insolúveis são responsáveis pela  sensação de  aciedade é encontrada em grão, hortaliças e trigo, não interferem no colesterol plasmático. É recomendado o consumo de 20-30 g de fibra alimentar por dia.

Fitoesteróis
São encontrados apenas em vegetais e em margarinas suplementadas, desempenham funções estruturais semelhantes ao colesterol animal, com isso reduzem a absorção do colesterol. É indicado o consumo de 3 a 4 g de fitosterol por dia.

Soja
A Soja e seus derivados (molho de soja- shoyo, o queijo de soja, a proteína texturizada de soja) possuem isoflavonas que estariam relacionadas à prevenção de arteroesclerose.

Café
Possui uma substância chamada Cafestol que elevam o colesterol, porém parte desta substância é removida quando o café passa pelo filtro de papel. Recomenda-se evitar o consuma de café tipo expresso, árabe e coar o café em coador de pano, para evitar a ingestão dessa substância.

Fonte: Adaptado de http://www.rgnutri.com.br/sap/tr-cientificos/dislipidemia.php