segunda-feira, 5 de março de 2012

Médicos sugerem novo modelo com indicações nutricionais

O post de hoje traz uma reportagem publicada no Jornal Folha de São Paulo em 15 de setembro de 2011 sobre os guias  alimentares  utilizados atualmente. Esse tema é de grande relevância tendo em vista que os guias alimentares são ferramentas que norteiam escolhas alimentares saudáveis. Confira!

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE

Médicos de Harvard lançaram na quarta-feira um novo desenho para servir como modelo nutricional para todas as refeições, em mais uma tentativa de barrar o avanço da obesidade, das doenças cardíacas e do diabetes.
O ícone proposto pela universidade, chamado de Healthy Eating Plate (prato para alimentação saudável), se contrapõe ao modelo anunciado em junho pelo governo americano para substituir a clássica pirâmide alimentar. O "prato feito" do governo, o MyPlate, chancelado pela primeira-dama Michelle Obama, indica em que proporção devem estar os nutrientes em cada refeição.
O desenho sugere, por exemplo, que a porção de vegetais seja o dobro da de proteínas (carne ou soja). O prato também indica que, a cada refeição, devem ser consumidas uma porção de frutas e uma de laticínios (um copo de leite ou um pedaço de queijo, por exemplo).
"O MyPlate pode ser inútil", afirma Walter Willett, professor de epidemiologia e nutrição da Escola de Saúde Pública de Harvard. Ele diz que a falha do desenho é não especificar quais alimentos devem ser preferidos dentro de cada grupo.
Desse jeito, diz o especialista, a pessoa pode ocupar a porção de proteína com um hambúrguer e a de vegetais com batatas fritas.
No ícone de Harvard, a porção reservada aos vegetais exclui as batatas. A parte dos grãos e cereais especifica que eles devem ser integrais.
O copo de leite é substituído por água e, ao lado do prato, há uma indicação para o uso de óleos vegetais saudáveis, como o de canola. "O tipo de gordura que as pessoas usam para cozinhar e temperar faz uma diferença enorme", disse Willett em entrevista coletiva por teleconferência ontem.

ADIANTA?
Para Daniela Jobst, nutricionista da Unifesp, a adoção dos ícones de prato representa um avanço em relação à pirâmide, considerada de difícil compreensão. Mas ela questiona o impacto que isso pode ter na população. "Será que as pessoas vão se interessar por isso?" Para Willett, de Harvard, a resposta é sim. "Não dá para esperar mudanças da noite para o dia, mas já vimos que existe um impacto". Ele lembra que, nos EUA, nos anos 1990, houve uma forte campanha para reduzir o consumo de gordura. Depois disso, foi observada a queda da ingestão desse nutriente.
"O resultado não foi bom, porque as pessoas passaram a comer mais açúcar." Mas, afirma ele, isso serve para demonstrar que a população está interessada em comer melhor.
Jobst acredita que seria mais simples concentrar esforços na cor da comida. "Quanto pior a alimentação, mais ela tende para o branco e o amarelo, a cor das farinhas e dos pães. Quanto mais cor, vermelho, roxo, laranja, mais o prato tem nutrientes, fitoquímicos [de vegetais] e antioxidantes."

GUIA BRASILEIRO
O Ministério da Saúde deve iniciar, ainda neste ano, a revisão do Guia Alimentar Brasileiro. A ação faz parte do plano de combate a doenças crônicas não transmissíveis.
Patrícia Jaime, coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do ministério, afirma que o governo nunca adotou um símbolo gráfico, como a pirâmide, para orientar as escolhas nutricionais da população.
Ela lembra que estudos com imagens adotadas em outros países (pirâmide, prato, roda, caminho e mapa) indicaram que as pessoas têm dificuldade de compreender os símbolos.
A coordenadora afirma que o ministério não menospreza a importância dos ícones de alimentação saudável, mas diz que um símbolo como esse precisa ser aceito culturalmente pela população. "O ministério busca privilegiar a cultura alimentar local. O arroz com feijão é defendido como padrão nacional, mas deve ser complementado com diferenças de cada região, evitando padrões massificados", diz.
Cliques nas imagens para ampliar.





Folha de São Paulo - Equilíbrio e Saúde. São Paulo, 15 de setembro de 2011. Disponível em: Folha Online: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/975623-medicos-sugerem-novo-modelo-com-indicacoes-nutricionais.shtml

J Deve-se ter em mente que uma alimentação equilibrada deve ser composta por uma maior quantidade de carboidratos - preferencialmente os complexos- nossa principal fonte de energia; ser rica em frutas, verduras e legumes; conter carnes magras; leites e derivados desnatados e queijos magros e ser pobre em gorduras, açúcares e alimentos ricos em sódio. Seguindo essas orientações com certeza você terá uma alimentação mais saudável e equilibrada!

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